Artigos enviados por  Cristina Jacó
autorizados ,por ela , para publicação

A evolução tecnológica da arte

Em linhas gerais a atividade artística sofreu e continua sofrendo grandes influências tecnológicas ao longo da história da humanidade. A arte está tão ligada aos avanços tecnológicos quanto qualquer outra área do conhecimento humano. A medida que novas formas de trabalho surgem, a atividade artística sofre uma evolução considerável.


A idade das cavernas

Os desenhistas e pintores, do paleolítico não detinham mais que barro, tonalidades diferentes de areia, musgo, ceras de plantas e uma ou outra tintura natural para produzir seus desenhos em cavernas e rochas. Depois, com a idade da pedra lascada (no período Neolítico), junta-se a esse universo de meios de produção a sabedoria de criar pequenas peças, ferramentas de: raspar, cavar e esculpir objetos.

Mais tarde, percebendo a diferenciação entre os materiais naturais: “uns são duros e por isso devem ser usados para furar e raspar os mais moles”, as madeiras passam a ser percebidas e usadas segundo suas propriedades de rigidez, flexibilidade, tonalidade e resistência. O mesmo ocorre com o carvão, o barro e as ligas de metal. A partir daí a produção artística passa a ser feita em peças monumentais e também pequenas esculturas que conseguiram chegar aos dias de hoje, para nosso deleite.

A descoberta da Escrita

Com o desenvolvimento da expressão escrita, os artistas passaram a criar com textos. Os desenhos, ilustrações, explicações e doutrinas se tornaram parte do universo de produção de arte. Podemos ver isso nos pergaminhos egípcios, por exemplo.

Nas civilizações egípcias, na Grécia antiga e na civilização romana, a evolução do pensamento humano, passa a tratar as artes com maior refinamento, mais técnicas produtivas foram empregadas nas construções. Nesse momento era comum o uso de pinturas em porcelanas, desenho em papyrus, gravações em couro, tecelagem com fibras tingidas, afrescos nas paredes, relevos e frisos arquitetônicos, além da escultura em mármore típica da arte grega e romana. Na China, já se empregava o uso do papel e da tinta nanquim com pincéis de bambu.

Os avanços do Renascimento

O movimento artístico e científico dos sécs. XV e XVI, que valorizava os aspectos humanistas, considerava o homem como medida para todas as coisas. Os avanços tecnológicos dessa fase contribuíram muito para o aperfeiçoamento da atividade artística. São originários desse momento histórico a técnica de desenho de perspectiva linear, o uso da perspectiva aérea (que estuda a interferência das massas de ar a longas distâncias), a pintura a óleo e o uso da tela como suporte para pintura.

A impressa (Guttemberg 1465)

Grande avanço aconteceu quando o artista pode criar suas peças e reproduzi-las em escala, para uma audiência muito maior. Aliada a esse avanço outras práticas artísticas, como a litografia, a xilogravura, a serigrafia, a tipografia móvel e o aperfeiçoamento do livro contribuíram para o surgimento de muitos outros meios de produção artística, por exemplo: as técnicas de gravura em metal, a reprodução em offset, as atividades profissionais de: ilustrador, capista, cartazista, tipógrafo, impressor e hoje o designer gráfico.

É incrível imaginar como os cartazes e obras de comunicação de massa, poderiam ser feitos se não houvesse o poder de reprodutibilidade da imprensa. Acredito que não seja possível se falar em audiência de massa, por conta de não ser possível até então, produzir uma peça de comunicação em escala industrial. Um cartão, por exemplo, pintado por um artista em 1400, antes do advento da imprensa, não alcançaria um público muito grande, visto que seu artista teria que fazer a mesma peça manualmente várias vezes, se desejasse disseminá-la para um número maior de pessoas. Toulouse Lautrec, grande cartazista em litogravura em 1XX, não conseguiria uma tiragem maior que trinta unidades, ou mesmo quinze unidades do mesmo cartaz impresso um a um, caso não empregasse as técnicas de reprodução da imagem que já estavam a seu alcance.

Foi com as possibilidades da imprensa que as artes se expandiram e puderam ser vistas, lidas e apreciadas. Chegando ao conhecimento de populações menos esclarecidas em várias partes do mundo. Por isso grandes artistas, como William Turner, com ampla visão comercial, faziam questão de conseguir reproduzir seus desenhos em anuários e com isso conquistar públicos que não podiam chegar até suas pinturas, expostas em uma galeria de Londres.

Também, por causa do surgimento dessas tecnologias: a escrita, a imprensa, o livro e tantas outras, iniciou-se um processo de cisão no universo artístico. Passou-se a falar de Arte, com “A” maiúsculo, e “artes aplicadas” (como se fossem menos dignas). Uma diferenciação teórica, técnica e conceitual da atividade de criação. Enquanto um artista: desenhista, pintor, aquarelista ou escultor não poderia jamais, manualmente, reproduzir sua obra para atender a uma clientela maior, os artistas das artes aplicadas comerciais podiam executar trabalhos para um público significativo. Mas o maior de todos os embates teóricos sobres essas duas vertentes da prática artística fica a cargo do tipo de mensagem a ser passado por essas obras. Ao que parece um artista tradicional tem mais a comunicar do que um artista comercial (o que é questionável). E a reprodução de peças de arte fez com que uma cópia tivesse preço muito menor que a obra única e original. Esses questionamentos vêm há anos perturbando e colocando legiões inteiras de artistas frente a frente. Uns se considerando mais importantes do que os outros.

A fotografia (Niepce 1822)

Até surgir mais um grande invento moderno: a fotografia. Essa não só mudou os rumos da arte como contribuiu ainda mais para acalorar as discussões filosóficas no meio artístico. Quando a máquina fotográfica surgiu e a fotografia passou a ser usada com mais eficiência, em substituição aos retratos pintados a óleo, a arte sofreu duros questionamentos. “Porque fazer uma pintura de retrato se uma máquina em muito menos tempo poderia substituir o trabalho do pintor? ” Por um tempo alguns teóricos chegaram a decretar a morte da pintura. Até grandes gênios artísticos se posicionarem brilhantemente noutro sentido. “Nós não vamos disputar com a perfeição da máquina” na verdade ela fazer esse trabalho de reprodução fiel da realidade, tão perfeito e tão rápido, nos liberta para procurar outras formas de expressão que vão além da máquina. E assim surgiram escolas como: o Impressionismo, o Expressionismo, o Futurismo, e tantas outras correntes artísticas que elevaram o trabalho artístico além das potencialidades da máquina. Assim, todas as tecnologias, embora se influenciassem, puderam e podem coexistir até hoje.

A informática

Mais uma vez, ao longo da história artística da humanidade, a máquina vem facilitar o trabalho e criar mais opções técnicas de produção. A utilidade do computador para criar arte é inquestionável, ele passa a fazer parte da paleta do artista, assim como são os seus: pincéis, tintas, papéis, telas e lápis. Antes de usar o computador para criar, se um artista errasse, teria que refazer todo o trabalho, perdendo tempo e desperdiçando material artístico caro. Desenhando no computador basta desfazer um ou mais passos teclando alguns atalhos.

A Internet

Em extensão ao que a imprensa provocou, a Internet eleva a disseminação das publicações impressas consideravelmente. Esse novo meio de comunicação influencia e distancia gerações, há aqueles que são adeptos das tecnologias de informação e comunicação e há aqueles, que mesmo tendo nascido em meio à era do conhecimento, se mantém à parte desse universo.

O computador munido de softwares gráficos e as fontes de informação existentes na Internet contribuem para uma forma de criar arte sem grandes gastos materiais (e supostamente sem perdas, a não ser de tempo), pois o que se cria no computador e publica na Internet é arte não tátil (não é possível pegar, não tem cheiro e o artista não se suja de tinta). O universo digital transformou o atelier em um estúdio limpo, abrindo um mundo paralelo, rico de experiências e infinitamente poderoso para os trabalhos artísticos. Um universo ilimitado e de descobertas extraordinárias.

E o que aconteceu com as artes ao longo de todas essas transformações tecnológicas?

É visível a influência e a troca produtiva entre a Arte e a Tecnologia. A cada advento tecnológico as atividades artísticas se adaptaram, se modificaram e até surgiram novas atividades ligadas às artes e que fazem uso dessas tecnologias, como: designers gráficos, fotógrafos, web designers e tantos outros tipos de profissões artísticas. Mas uma coisa parece ser constante ao longo de todo esse fervilhar de novas propostas produtivas: a mensagem. Ainda que surjam muito mais opções materiais de se criar arte, a mensagem a ser transmitida ainda é de responsabilidade do artista, e a ele cabe saber o que dizer e como dizer. Por isso se enriquecer culturalmente para ter o que falar com seu lápis, ou com seu Photoshop, Corel, etc.; seja para o seu blog ou para uma agência, é de fundamental importância.

Hoje, para todos nós artistas, sejamos tradicionais: pintores, desenhistas, escultores; ou digitais: fotógrafos, designers, web designers, animadores, etc. o importante é o conteúdo e não apenas o primor técnico. Pois a técnica evolui, novos processos produtivos surgem, novos softwares são inventados, pipocam novas versões a cada ano, mas isso tudo se aprende e se adapta para o uso das artes.

A técnica de hoje pode não ser mais a técnica em voga amanhã, por isso é preciso ir além das limitações materiais para ser um verdadeiro artista. É preciso mais do que nunca se alimentar com conhecimento e experiências enriquecedoras, porque as técnicas embora sejam de grande utilidade, não são as mesmas sempre. E a sabedoria adquirida com a prática de uma técnica produtiva, o desenho ou a pintura por exemplo, gera grandes resultados ao se migrar para um modo de fazer arte digital. Tudo isso é conhecimento adquirido, é preciso saber um pouco de cada técnica e se manter alimentando de novos saberes.

As etapas do aprendizado de artes

Seguir um caminho artístico demanda o cumprimento de algumas etapas. E mesmo que muitos arte-educadores da atualidade tentem tratar o assunto sem grandes apegos a métodos e didáticas, respeitando uma linha de pensamento contemporânea, para não inibir ou coagir a expressividade do aluno. Deixando-o livre do academicismo e do excesso de regras. É importante levar o estudante a um amadurecimento crescente de seu aprendizado, dentro de uma certa ordem de apresentação de conteúdo. Principalmente para que ele possa construir um conhecimento sólido e tranquilo, ao longo de suas produções artísticas, que ao final resulte em algo consciente, maduro e prazeroso.

Neste sentido acredito que o aprendizado de artes é muito parecido com o aprendizado da escrita e da leitura. Quando crianças, ao sermos alfabetizados, começamos reconhecendo as vogais, depois as consoantes, aos poucos vamos formando sílabas simples, depois aprendemos a soletrar palavras, escrevê-las repetidas vezes, e passamos a lê-las em vários locais, até nos familiarizar. Com o passar dos anos vamos aumentando gradativamente nosso vocabulário e acelerando a nossa velocidade de leitura, bem como melhorando nossa forma de lidar com os aspectos analíticos e sintáticos da linguagem escrita. Na vida adulta, se passarmos corretamente pelo processo pedagógico da escola (e se a nossa escola cumprir com o seu papel) devemos ser capazes de ler qualquer coisa em nosso idioma, de escrever o que desejarmos, de interpretar os mais diferentes textos e nos expressar verbalmente sem grandes dificuldades.

Na arte não deve ser diferente. Há um caminho gradativo no aprendizado. Mas os elementos dessa linguagem não se mostram para nós com tanta clareza e definição quanto os elementos da escrita, o que dificulta um pouco mais a nossa capacidade de nos expressarmos com eficiência através da arte. Outro grande fator complicador do processo de aprendizado em arte é a falta de coerência entre as atividades propostas pelos professores aos alunos. Sem planejamento, com o objetivo de meramente cumprir metas curriculares, sem a devida: introdução, meio e fim; é impossível haver consistência no ensino de arte. E por mais triste que pareça, as escolas tradicionais e, a grande maioria das academias de arte de nível superior (além dos atelieres caseiros, centros artísticos e afins) não conseguem fazer cumprir estas etapas. E o aluno sai, de maneira geral, “visualmente analfabeto” após anos de cursos de desenho ou pintura. Mas o que esperar de professores que não sabem desenhar sendo obrigados a ensinar desenho? Seria o mesmo que esperar que um analfabeto ensine alguém a escrever!

 É notável que existe, em vários idiomas e ao longo de séculos de história da arte, inúmeros estudos e métodos eficientes para aprender a produzir arte. E talvez por essa vastidão de conhecimento seja tão difícil organizar, compreender e tratar o assunto com clareza. Da mesma forma que as escolas literárias “brigam” entre si, defendendo cada uma o seu estilo, as escolas artísticas (das artes visuais) entram em conflito por várias vezes ao longo da história. Mas a atualidade, esse nosso mundo de agora, nos permite conviver tanto com o novo quanto com o velho e isso, em vez de facilitar e aumentar a tolerância, ainda é outra complicação.


Como fazer para corrigir este problema e tornar nossa formação artística qualitativa?

Enfim, de maneira generalizada, podemos compreender que tanto na moda, como na literatura ou na produção artística, tudo pode coexistir. E é isso que torna os tempos atuais tão ecléticos e desafiadores, todos podemos disputar nosso lugar ao sol e a compreensão do papel artístico na sociedade nos ajuda a ampliar nossa percepção e o sentimento de pertencer à atualidade.

E para realizar uma produção artística nesse mundo de hoje devemos estar abertos para nos instruir seriamente sobre os aspectos técnicos e funcionais da produção artística, para saber como fazer as coisas corretamente, e também nos alimentar de cultura, que nos enriquece e dá fruto a novas ideias. Por isso diria que o aprendizado de artes deveria cumprir obrigatoriamente as seguintes etapas:


1 – Aprender as técnicas de produção tradicionais;

2 – Aprender as técnicas de produção digitais;

3 – Saber história da arte e da humanidade;

4 – Fazer a contextualização da cultura atual;

5 – Aprender práticas comerciais;

6 – Buscar e descobrir o posicionamento pessoal do artista.

Esses são, em síntese, os eixos centrais que formam as etapas de amadurecimento em arte. Em primeiro lugar ao aluno deve ser apresentado ao linguajar das técnicas consagradas, como: linha, plano, luz e sombra, perspectiva, etc. Para que ele se alimente de recursos usando materiais tradicionais (lápis, papel, pincéis, tintas...) e se torne capaz de extrair desses materiais suas formas de comunicação visual. Ao mesmo tempo, ou logo em seguida, deve-se despertar as possibilidades de criação de sua arte usando recursos digitais: câmeras fotográficas, filmadoras, computador, softwares, equipamentos periféricos atuais. Ainda, para aprimorar seu senso crítico, conhecer outras possibilidades visuais e rechear seus estudos com cultura e novos vocabulários; faz-se necessário o ensino de história da arte, mas também história da humanidade. E em paralelo ao estudo do passado, devemos estudar o presente, compreender as manifestações culturais de hoje, saber o que o homem faz hoje no universo da arte como um todo. Sem deixar de lado a real importância das práticas comerciais, afinal a arte não deve existir alienada das necessidades humanas, uma obra de arte, deve ser compreendida também como um objeto (ou peça) que permita troca, intercâmbio, venda, comercialização, precificação, comunicação e marketing. Por fim, ao estudante de arte deveria ser passado o saber se expressar, se libertar e decidir se posicionar nesse mundo. E ao educador cabe o papel de incentivar a prática, promover o reconhecimento teórico concomitante à exposição de todas as opções possíveis e utilizáveis para a produção. E tendo aprendido todos esses conhecimentos, o aluno deve lapidar sua consciência artística ativamente, conforme suas exigências. Para que ele se enxergue nesse emaranhado de saberes e reconheça suas escolhas e a sua importância nesse universo, produzindo arte de qualidade.

A arte deveria ser mais uma fonte de saber e libertação. E o ensino de arte deveria ser capaz de fornecer ferramentas fabulosas para todos os interessados conseguirem produzir o que sonham e desejam, com suas próprias mãos (ou recursos) e em seu próprio tempo.


 É assim que uma educação em arte deveria ser. E esta é a grande proposta do desenhotudo.com.

Como o MEC compreende a formação em design

Sabemos que no Brasil o órgão máximo que regulamenta a educação e consequentemente, afeta as práticas profissionais dos estudantes universitários, em tempo de formação, é o MEC – Ministério da Educação e Cultura. Fazendo uma consulta na sua base de dados, estudando suas resoluções, portarias e a própria LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, encontramos alguns achados esclarecedores, que explicam, de certa forma o que vem acontecendo no Brasil nessas profissões do setor de design.

Sabemos que o mercado de design abrange inúmeras nomenclaturas e atividades, por exemplo: web design, design de interiores, design gráfico, design industrial ou design de produto, design de embalagens, design editorial, design automobilístico, design de moda, etc. Cada uma dessas áreas abrange práticas profissionais específicas e até, de certo modo, completamente diferentes umas das outras. Enquanto para um designer gráfico, por exemplo, é importante a comunicação criativa acima de tudo (afinal papel aceita tudo), para um designer industrial é muito importante atender à indústria e seus meios de produção, considerando questões de custos e reprodutibilidade do produto, assim a criatividade louca e desenfreada acaba a segundo plano. Afinal, se criativamente uma cadeira acolchoada com pregos é inusitada e irreverente, do ponto de vista do produto, não é útil e muito menos vendável, portanto não deve ser industrializada, pois se cadeiras servem para sentar, quem vai passar horas sobre pontas de pregos?

Muitas dessas questões fazem com que cada ramo do design siga por caminhos diferentes, com pontos de vistas diversos e até conflitantes. E o MEC, como vê isso? Quanto ele determina essas especificidades das profissões de design? O que ele assumiu ser o perfil do profissional de design, quais as habilidades que ele deve desenvolver em um curso universitário e que garantias os estudantes têm sobre a qualidade da sua formação?

A graduação em design é oferecida com um currículo de duração de dois a quatro anos, recebendo um título de tecnólogo (para cursos de dois anos) ou de bacharel, que devem obrigatoriamente completar quatro anos de curso universitário. Para mais esclarecimentos e saber como a educação no Brasil está organizada consulte o site do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, sobre a responsabilidade do MEC – Ministério da Educação e Cultura, através do endereço: http://www.educacaosuperior.inep.gov.br. Os órgãos brasileiros competentes se encarregam de manter atualizadas as informações sobre a situação da educação superior, publicando, na base de dados do INEP, os cursos e as instituições com cursos aprovados, reconhecidos e recomendados pelo próprio MEC.

A partir de 2002 o MEC iniciou um processo de reavaliação e revisão das diretrizes curriculares dos cursos de graduação de nível superior, entre eles os cursos de design. Para o governo brasileiro o estudo de ramos específicos do design, como mencionados acima, deve obedecer ao estabelecido nas diretrizes curriculares gerais, determinadas para a área de design como um todo, portanto não há uma grade curricular específica para designers de Internet, ou designers de produtos. Suas diretrizes gerais determinam um nível mínimo de qualidade para esses cursos, sobre a pena de não ser reconhecido e não possuir seu diploma validado pelo órgão máximo da educação no Brasil.

De acordo com a Resolução CNE/CES nº 5, de 8 de março de 2004, que aprova as “Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Design”, e dá outras providências. Segundo o Art. 3º deste documento o perfil desejado para o formando em design deve ser:

"O curso de graduação deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação para a apropriação do pensamento reflexivo e da sensibilidade artística, para que o designer seja apto a produzir projetos que envolvam sistemas de informações visuais, artísticas, estéticas culturais e tecnológicas, observando o ajustamento histórico, os traços culturais e de desenvolvimento das comunidades, bem como as características dos usuários e de seu contexto socioeconômico e cultural."

De acordo com o Art. 4º da mesma Resolução as seguintes competências e habilidades devem ser desenvolvidas nos estudantes de design dentro das instituições de ensino:


“O graduado em design deve revelar pelo menos as seguintes competências e habilidades:

I - Capacidade criativa para propor soluções inovadoras, utilizando o domínio de técnicas e de processos de criação;

II - Capacidade para o domínio de linguagem própria expressando conceitos e soluções em seus projetos, de acordo com as diversas técnicas de expressão e reprodução visual;

III - capacidade de interagir com especialistas de outras áreas de modo a utilizar conhecimentos diversos e atuar em equipes interdisciplinares na elaboração e execução de pesquisas e projetos;

IV - Visão sistêmica de projeto, manifestando capacidade de conceituá-lo a partir da combinação adequada de diversos componentes materiais e imateriais, processos de fabricação, aspectos econômicos, psicológicos e sociológicos do produto;

V - Domínio das diferentes etapas do desenvolvimento de um projeto, a saber: definição de objetivos, técnicas de coleta e de tratamento de dados, geração e avaliação de alternativas, configuração de solução e comunicação de resultados;

 VI - Conhecimento do setor produtivo de sua especialização, revelando sólida visão setorial, relacionada ao mercado, materiais, processos produtivos e tecnologias, abrangendo mobiliário, confecção, calçados, joias, cerâmicas, embalagens, artefatos de qualquer natureza, traços culturais da sociedade, softwares e outras manifestações regionais;

VII - domínio de gerência de produção, incluindo qualidade, produtividade, arranjo físico de fábrica, estoques, custos e investimentos, além da administração de recursos humanos para a produção;

VIII - visão histórica e prospectiva, centrada nos aspectos socioeconômicos e culturais, revelando consciência das implicações econômicas, sociais, antropológicas, ambientais, estéticas e éticas de sua atividade. ”

 As exigências curriculares para as instituições de ensino estão explicitadas no mesmo ato normativo, no Art. 5º:

“O curso de graduação em design deverá contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que atendam aos seguintes eixos interligados de formação:

I - Conteúdos básicos: estudo da história e das teorias do design em seus contextos sociológicos, antropológicos, psicológicos e artísticos, abrangendo métodos e técnicas de projetos, meios de representação, comunicação e informação, estudos das relações usuário/objeto/meio ambiente, estudos de materiais, processos, gestão e outras relações com a produção e o mercado;

II - Conteúdo específicos: estudos que envolvam produções artísticas, produção industrial, comunicação visual, interface, modas, vestuários, interiores, paisagismos, design e outras produções artísticas que revelem adequada utilização de espaços e correspondam a níveis de satisfação pessoal;

III - conteúdos teórico-práticos: domínios que integram a abordagem teórica e a prática profissional, além de peculiares desempenhos no estágio curricular supervisionado, inclusive com a execução de atividades complementares específicas, compatíveis com o perfil desejado do formando. ”

O texto original desta Resolução pode ser encontrado no Portal do MEC através do endereço: http://portal.mec.gov.br/cne/index.php?option=com_content&task=view&id=77&Itemid=227

Portanto, segundo a legislação vigente, os cursos de nível superior em design deveriam ser preparados para desenvolver no aluno uma visão holística e capacitá-lo a criar produtos e oferecer serviços completos. Como sempre, nossa legislação está em plena concordância com as necessidades do mercado, mas infelizmente os recém-graduados não conseguem desenvolver ou cumprir todas essas habilidades profissionais com a devida seriedade. Fica o alerta para todos que desejam ingressar nessa área, o MEC não determina especificamente o que aprender/ensinar em cada ramo do design. Daí a grande liberdade das instituições ensinarem o que é de seu interesse ou especialidade de seu corpo docente.


Portanto mesmo que se matricule em uma instituição reconhecida pelo MEC, que obedece a essas diretrizes, e mesmo que a legislação exija das instituições avaliadas e reconhecidas um patamar mínimo de qualidade de ensino, generalizado e não especializado, a responsabilidade pela sua formação é, e sempre será, sua (não é do governo e não é da escola). Nenhuma instituição, por mais equipada em termos de pessoal, infraestrutura e recursos financeiros; e nenhum professor, por mais conceituado e esclarecido que seja, conseguirá transferir para o aluno desinteressado o que ele precisa saber para se virar no mercado. Por incrível que pareça há casos de alunos que se formam sem ter comparecido às aulas, ou colam grau sem ter sequer lido um único livro ao longo de seus anos de faculdade. Como espera um aluno sem cultura conseguir produzir um produto de elevado conceito cultural como são os produtos de design?

Estudando arte a distância

Estudar a distância é uma experiência muito estimulante e reveladora. Este método de ensino é uma forma antiga e eficiente de aprender sem ter que ir à escola. Desde os tempos dos primeiros impressos, com a invenção da imprensa por Gutenberg (por volta de 1450), estudar a distância tem sido possível. Com as novas tecnologias de informação e comunicação, em especial a Internet, o ensino à distância tem evoluído ainda mais.

EAD é a sigla para Educação A Distância. E Educação a distância é todo método de ensino que transmite conhecimento sem que o professor e o aluno estejam próximos: no mesmo local físico e horário. Por isso é diferente do ensino tradicional que chamamos de ensino presencial.

A Internet é uma das mais eficientes tecnologias usadas hoje para EAD. Estudar on-line faz de você uma pessoa independente (autônoma) e livre para fazer seu curso: no local que quiser, no horário que achar mais conveniente e na velocidade que você desejar. Com o uso da Internet esta forma de estudar vem crescendo aceleradamente, e muitas pessoas têm se interessado em aprender usando sistemas de EAD, também conhecidos como e-learning ou AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

No Brasil o MEC, Ministério de Educação e Cultura, órgão máximo responsável por regulamentar a educação no país, tem ampliado cada vez mais a oficialização deste método de ensino. Universidades, Faculdades e Institutos já conseguem oficializar seus cursos e emitir diplomas reconhecidos pelo MEC em cursos de EAD, tanto em nível de graduação superior como de pós-graduação lato sensu. Em breve, empresas privadas voltadas para educação também terão suas iniciativas de EAD reconhecidas.

Infelizmente há uma confusão de que na EAD a aprendizagem ocorre a qualquer tempo. Na realidade ela se realizará no tempo próprio do aluno, porém exigindo dele o planejamento necessário, o acesso constante ao conteúdo do site que oferece o curso e o esforço para praticar os exercícios e acompanhar os materiais didáticos disponíveis. “Percebemos que muitos alunos que fazem cursos na modalidade de EAD, não planejam corretamente o seu tempo, acabam se desanimando, perdem o interesse pelo curso e desistem facilmente sem conseguir atingir seus objetivos” – dizem os sócios da empresa Pires & Jacó.

Há ainda um forte preconceito quanto a cursos feitos a distância, sobre o famoso jargão “curso por correspondência”, que significa implicitamente: “curso fraco”. Infelizmente esta maneira de pensar a modalidade de ensino da EAD traz em si um enorme ranço de preconceito e falhas técnicas de iniciativas anteriores. Porém, esse panorama tem mudado e grandes instituições estão oferecendo cursos cada vez melhores nesse ambiente de ensino. O que contribui ainda mais para romper barreiras e melhorar os índices culturais do país.


A arte é um dos assuntos que se pode aprender a distância

Acrescido ao preconceito sobre os cursos feitos a distância, no universo artístico, impera também uma mentalidade errônea de que para aprender a fazer arte é preciso estar junto com o professor, ou acompanhar de perto o que os colegas fazem para aprender com eles. Bem, tudo isso é possível dados os avanços das tecnologias atuais. É possível assistir uma demonstração de desenho do professor através de vídeo com transmissão via streaming, ou mesmo através de uma webcam, por isso o “estar perto do professor” pode ser facilmente conseguido, com atividades síncronas (em que os agentes: professor e aluno se encontram em tempo presente, no mesmo momento). E o “acompanhar os trabalhos dos colegas para aprender com eles” também pode ser conseguido através da publicação dos trabalhos dos alunos na própria Internet, ou através de discussões em fóruns, encontros em chats, etc. Por isso não há mais justificativas para não aprender arte com EAD devido aos grandes avanços que mudanças de comportamento que estamos vivenciando hoje.

Ainda, embora não seja comum encontrar projetos de ensino de artes à distância no Brasil. As iniciativas do exterior, especialmente nos EUA (Califórnia) comprovam a eficiência dessa modalidade de ensino para aprendizado de artes. Com base nesses estudos a empresa Pires & Jacó construiu um projeto próprio para atender a uma demanda nacional nesse setor.

 Ao analisar a carência de projetos de ensino de artes na Internet, no que se refere ao aprendizado de técnicas e conhecimentos artísticos, seja para diversão ou para aprimoramento profissional, é lançado em março de 2008 o primeiro projeto educacional da Pires & Jacó, o: www.desenhotudo.com. Este site oferece cursos de desenho on-line com aplicação de técnicas de tutoria e atendimento ao aluno, através de suas ferramentas interativas, e procura formar uma comunidade de aprendizado interessada em artes visuais, oferecendo amplo material didático em cada um de seus cursos.

A equipe do www.desenhotudo.com afirma que existem dificuldades do aluno (estudante a distância) em se manter estudando on-line, talvez por ser fácil entrar também seja fácil deixar o curso e abandonar os estudos. Por isso, nesse ambiente de estudos, o fator motivacional e importante ser considerado. Para diminuir a evasão e atender melhor a todos foi criado um conjunto de meios de interação e objetos de aprendizagem para ajudar a organizar o tempo e manter o envolvimento dos estudantes. “O projeto pedagógico oferece uma série de recursos no site para auxiliar e acompanhar cada passo do aluno. Existem várias formas de esclarecer suas dúvidas e obter atendimento conosco. Através do site o aluno também terá condições de fazer grandes amizades e se relacionar com pessoas que compartilham os mesmos interesses sobre o aprendizado de artes. Assim o aluno nunca estará sozinho e poderá ter acompanhamento constante. O www.desenhotudo.com é um sistema completo de EAD, um verdadeiro Ambiente Virtual de Aprendizagem, dedicado ao ensino de artes em técnicas tradicionais (desenho, pintura, etc.) e digitais (animação, design, pintura digital, etc.). O aluno faz os cursos que desejar, no tempo que desejar, bastando para isso cumprir com suas obrigações financeiras conosco e assumir consigo mesmo o compromisso de não desanimar e praticar os exercícios oferecidos em cada aula”.


Ao estudar pela Internet você se beneficia do conhecimento adquirido em cursos feitos sem sair de casa. Com isso tem condições de aprender como achar melhor e todo o sucesso do seu trabalho se deve única e exclusivamente ao seu compromisso com os estudos, à sua maneira, no seu próprio tempo e espaço.

Currículo acadêmico


Nome: Cristina Jacó

Nascida em 05/10/1976

Origem: Goiânia-GO Brazil

1988 - 1994
Cursos livres de artes: desenho e pintura em técnicas tradicionais.
UCG (1995 - 1996)
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, (incompleto).
UFG (1997 - 2000)
Bacharel em Artes Visuais, com habilitação em Design Gráfico.
SENAC-GO (2001 - 2002)
Certificação em Webdesign, nos softwares de editoração eletrônica oferecidos pela antiga Macromedia, atual Adobe.
FGV (2003 - 2004)
MBA em Gestão Empresarial, com ênfase em Marketing de Serviços.
UNISUL (2007 - 2008)
Especialização Latu Senso em MEAD (Metodologia da Educação A Distância e Docência Superior), com monografia abordando: "O ensino de Artes Visuais à distância com o uso de Tecnologias de Informação e comunicação".
Preparando: Projeto de pesquisa para Mestrado.
Diretora de arte e sócia da empresa Pires & Jacó. Responsável pelos projetos:
Site institucional da empresa – www.piresejaco.com.br
Projeto educacional para ensino de artes – www.desenhotudo.com
Projeto educacional para ensino de TI. – www.espacotech.com (em desenvolvimento)
Desenvolvendo pesquisas pessoais no setor de ilustração e “conceptual art” (construindo portfólio nessa área)

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